António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

Leitura do Livro de Isaías

Maio 20th, 2011

Vede como vai prosperar o meu servo: subirá, elevar-se-á, será exaltado.

Assim como, à sua vista, muitos se encheram de espanto, tão desfigurado estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência de um ser humano, assim se hão-de encher de assombro muitas nações e, diante dele, os reis ficarão calados, porque hão-de ver o que nunca lhes tinham contado e observar o que nunca tinham ouvido.

Quem acreditou no que ouvimos dizer?

A quem se revelou o braço do Senhor?

O meu servo cresceu diante do Senhor como um rebento, como raiz numa terra árida, sem distinção nem beleza para atrair o nosso olhar, nem aspecto agradável que possa cativar-nos.

Desprezado e repelido pelos homens, homem de dores, acostumado ao sofrimento, era como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para nós.

Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores.

Mas nós víamos nele um homem castigado, ferido por Deus e humilhado.

Ele foi trespassado por causa das nossas culpas e esmagado por causa das nossas iniquidades.

Caiu sobre ele o castigo que nos salva: pelas suas chagas fomos curados.

Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, cada qual seguia o seu caminho.

E o Senhor fez cair sobre ele as faltas de todos nós.

Maltratado, humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca.

Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca.

Foi eliminado por sentença iníqua, mas quem se preocupa com a sua sorte?

Foi arrancado da terra dos vivos e ferido de morte pelos pecados do seu povo.

Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios e um túmulo no meio de malfeitores, embora não tivesse cometido injustiça, nem se tivesse encontrado mentira na sua boca.

Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo sofrimento.

Mas se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá longos dias e a obra do Senhor prosperará em suas mãos.

Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria.

O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades.

Por isso, Eu lhe darei as multidões como prémio e terá parte nos despojos no meio dos poderosos; porque ele próprio entregou a sua vida à morte e foi contado entre os malfeitores, tomou sobre si as culpas das multidões e intercedeu pelos pecadores.
Palavra do Senhor.

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.