Defesa central. Capitão do Chelsea.
Final da Champions Leage. Desempate por penaltys. Se Terry marca, o Chelsea FC conquista a sua primeira liga dos campeões, depois de quatro meias-finais consecutivas. Se Terry falha, o desempate continua.
Terry… provavelmente o mais experiente jogador do Chelsea. O mais frio. O perfeitamente indicado para assumir sobre os seus ombros tamanha responsabilidade.
Terry avança. Na hora do remate, o guarda-redes do Manchester já está batido. Naquela fracção de segundo, a taça é do Chelsea. Mas o destino prega a John Terry a maior rasteira que poderíamos imaginar. O pé de apoio do n.º 26 escorrega na relva molhada. A bola sai ligeiramente ao lado da baliza.
Faz-se injustiça.
O desempate continua e a sorte acaba por sorrir ao Manchester.
O Chelsea morre na praia, num golpe traiçoeiro da Fortuna sobre o seu próprio capitão.
Na hora de marcar, Terry era o mais indicado… para marcar e para falhar, porque era o mais forte para carregar a pesada cruz do falhanço.
Apesar das lágrimas, das intermináveis lágrimas, Terry ergueu o rosto e liderou a equipa na hora de receber as medalhas de Vice-Campeão Europeu.
São homens como este que dão magia ao futebol. Mais que os artistas das fintas impossíveis e dos golos fantásticos; mais que os vôos dos guarda-redes, são estes verdadeiros desportistas, homens que honram até ao limite a camisola que vestem e que deixam tudo em campo, que me fazem ser um apaixonado por este desporto.
Grande John Terry!