António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

John Terry

Maio 21st, 2008

Defesa central. Capitão do Chelsea.

Final da Champions Leage. Desempate por penaltys. Se Terry marca, o Chelsea FC conquista a sua primeira liga dos campeões, depois de quatro meias-finais consecutivas. Se Terry falha, o desempate continua.

Terry… provavelmente o mais experiente jogador do Chelsea. O mais frio. O perfeitamente indicado para assumir sobre os seus ombros tamanha responsabilidade.

Terry avança. Na hora do remate, o guarda-redes do Manchester já está batido. Naquela fracção de segundo,  a taça é do Chelsea. Mas o destino prega a John Terry a maior rasteira que poderíamos imaginar. O pé de apoio do n.º 26 escorrega na relva molhada. A bola sai ligeiramente ao lado da baliza.

Faz-se injustiça.

O desempate continua e a sorte acaba por sorrir ao Manchester.

O Chelsea morre na praia, num golpe traiçoeiro da Fortuna sobre o seu próprio capitão.

Na hora de marcar, Terry era o mais indicado… para marcar e para falhar, porque era o mais forte para carregar a pesada cruz do falhanço.

Apesar das lágrimas, das intermináveis lágrimas, Terry ergueu o rosto e liderou a equipa na hora de receber as medalhas de Vice-Campeão Europeu.

São homens como este que dão magia ao futebol. Mais que os artistas das fintas impossíveis e dos golos fantásticos; mais que os vôos dos guarda-redes, são estes verdadeiros desportistas, homens que honram até ao limite a camisola que vestem e que deixam tudo em campo, que me fazem ser um apaixonado por este desporto.

Grande John Terry!

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.