CLÁSSICOS FILARMÓNICOS – Finalmente encontrei!
A Banda da Trofa da segunda metade da década de 90, foi das melhores que já ouvi até hoje. Dirigida por Francisco Ferreira, que sucedeu ao mítico, histórico e icónico professor António Gomes, era uma verdadeira banda “all star”. Reunia alguns dos maiores (perdoem-me a expressão) “craques” da música à época, alguns já com carreiras consolidadas, outros que despontavam, muitos que hoje em dia continuam ligados à filarmonia, como maestros, executantes, professores.
Só para citar alguns nomes, por ordem alfabética:
Abel Pereira, Acácio Silva, Ana Maria Ribeiro, Bernardo Alves, Carlos Germano, Daniela Anjo, Fernanda Alves, Fernando Ribeiro, Gil Miranda, Hugo Oliveira, Isabel Anjo, Iva Barbosa, João Alves, Jorge Almeida, Jorge Madureira, Júlio Senra, Liliana Reis, Lino Pinto, Manuel Luís Azevedo, Manuel Moura, Nuno Pinto, Paulo Martins, Rosa Oliveira, Sílvia Janete, Telmo Barbosa, Vitor Matos…
…todos passaram pela Banda da Trofa.
Uma banda que “debulhava” um reportório de grau de dificuldade elevado e que incluía este “Concertino” de Arie den Arend, escrito para tuba, ou bombardino solo, executado à época por Júlio Senra. Era uma obra que se destacava principalmente por ser raro, para não dizer único, uma banda apresentar uma peça solística para este instrumento.
O “Concertino” era de tal forma marcante na estante da Trofa que foi gravado em CD pela mesma.
Sobre o compositor, pouco se sabe, a não ser que nasceu em Pernis, a 3 de fevereiro de 1903, e faleceu em Roterdão a 22 de fevereiro de 1982. De 1916 a 1925 estudou órgão, teoria musical e composição. Foi maestro, professor e organista, dedicou-se principalmente à música para metais.
Na Internet não abundam os registos da peça, pelo que tive que recorrer a esta gravação, ao vivo, da Banda La Primitiva de Alborache – Valencia, com Andres Carrascosa Perez como solista.