É giro fazer anos no final do ano civil. Deste modo, podemos fazer um balanço de mais um ano de vida, em simultâneo com mais um ano passado.
Será uma feliz coincidência que, no ano em que eu completo 30 anos, também os Xutos completem 30 anos de carreira (obrigado Marisa pela prenda!) e o álbum The Wall dos Pink Floyd também comemore o seu 30º aniversário? Cresci lado a lado com duas, das minhas maiores referências.
Bolas… tanta coisa interessante aconteceu em 1979!
Regressando a 2009, não foi um ano fácil. Vários acontecimentos forçaram-me a um novo estilo de vida. Tive que refazer prioridades. Tive que fazer escolhas difíceis, abandonar projectos que ajudei a crescer e abraçar outros que precisavam da minha energia. Foi o “até sempre” à Let’s Groove (uma verdadeira escola!) e o abraçar da “La Belle Époque”. A “La Belle Époque”, na qual tenho o prazer de trabalhar com músicos que ajudei a crescer e que agora me ensinam tanto.
Foi um ano em que, sem qualquer compromisso, dei a cara por causas nas quais acreditava e acredito profundamente. Assumi convicções, o que me levou a criar algumas inimizades, mas de nada me arrependo e, se assim fosse preciso, faria tudo de novo.
Pela primeira vez (acho eu!), havia pessoas empenhadas em apanharem-me a jeito e darem-me uma coça. Em vez de medo, terei sentido orgulho… Mas já passou… espero eu!
Concretizei algumas aspirações de longa data. Juntamente com uma equipa de trabalho fantástica, levei a Banda Fórum – Filarmónica Portuguesa à Casa da Música. Quebramos vários mitos e, 3 anos depois do Europarque, derrubamos barreiras. Uma sala cheia e em delírio.
Sempre insatisfeito, procurei mais e melhor para as “minhas” V.E. – pu-las a cantar acompanhadas por uma orquestra e o resultado está à vista. Mesmo com várias tentativas de boicote, com inúmeros problemas de última hora, o concerto foi um sucesso. Citando um amigo meu: “o que eram as V.E. há uns anos atrás e o que elas são agora…”
Um novo emprego com um desafio aliciante: ajudar uma empresa a nascer e a crescer.
Com os “Luvas de Amianto” e agora com os “Replay”, senti o prazer de criar e de viver o palco como nunca tinha vivido antes.
Vi pessoas queridas a atingirem os seus objectivos e a realizarem-se na vida: a Daniela vai ser Engenheira; a Delfina casou; a Duda tem emprego na área para a qual estudou; o Vitor fez a sua primeira maratona e lançou um livro; o Tony gravou o CD com a sua Let’s; o Indy, finalmente, canta as suas canções com uma banda de amigos e que toca de “olhos fechados”; o Fernando continua a ser Presidente da Junta; o Vasco lá continua como solitário trovador; o Rodolfo é maestro de uma banda; o Ivo é compositor; o Alexandre cresce alegremente a cada segundo; o Moura continua a ser um grande Maestro; o Tóquim o melhor barman do Mundo; a Andreia já é médica; o Jorge é incansável em todos os projectos que abraça; o Salomão entrou num novo desafio; o Professor Luís Macedo tornou-se para mim um modelo, um exemplo, um verdadeiro Mestre; a Telma sempre carinhosa e sonhadora, também entrou na faculdade; o Paulo sempre aquele amigo, com o qual as horas passam sem dar conta… e tantos outros a quem desejo tudo de bom!
Feliz acaso do destino, fui trabalhar para o mesmo sítio onde já trabalhava o meu grande amigo dos tempos da faculdade e agora podemos almoçar juntos quase todos os dias.
E podia citar tantos nomes, de pessoas que preenchem os meus dias…
Passou mais um ano e a vida continua.
A terminar esta crónica, desejo a todos, mesmo àqueles que não gostam de mim, que sejam felizes!
30.
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