António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

“São horas de irmos embora…”

Abril 22nd, 2019

Quando comecei a tocar em filarmónicas, há 25 anos, a despedida das bandas, no final dos serviços era uma coisa simples: uma duas marchas e a coisa estava feita.

Não satisfeitas com isso, algumas bandas começaram a introduzir as “laironas” tipo “Filhos da Nação” e quejandos. Momentos de grande entusiasmo e zero qualidade musical.

E eu disse:

“Qualquer dia ainda alguém se vai lembrar de cantar nas despedidas.”

E então vieram as “canções de despedida”.

E, um momento que costumava ser breve e rápido, começou a demorar uma eternidade.

Então, eu disse:

“Bem… agora só falta as bandas começarem a dançar nas despedidas…”

E a minha profecia cumpriu-se.

“…cumprimos nossa missão.”

Um amigo meu costuma dizer que “quem canta muito, toca pouco.”

“…iremos por aí fora, cheios de satisfação.”

Ok. Por mim, chega.

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.