António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

Revolta (por R.)

Outubro 14th, 2009

Ao contrário do que é normal, hoje publico um texto de outra pessoa. Ao amigo que mo enviou, agradeço. É um texto já com alguns anos, que agora chega à Web.

A pessoa que o escreveu não é de manias e pediu o anonimato. Eu respeito:

Usei a palavra
Como bomba eficaz
Rompi a tua máscara
Expus-te ao gás

A razão tu não vias
Nem querias saber
Pois a tua dureza
Não te deixava ver

Um outro lado
Um outro caminho
Uma outra saída
Onde eu lutava sozinho

Tenho fé
E não tenho medo
Avanço na noite
E descubro o segredo
Não entrego as armas
Não me rendo ao terror
Tenho as minhas mãos
Calejadas de dor

É uma dor que sufoca
E me deixa estático
Perante o ditador
Que se diz democrático

Mas não vou desistir
Nem me entregar à força
Grito bem alto na rua
Para que alguém me oiça

Tenho fé
E tenho o poder
A minha vontade
Não vai esmorecer
E quando abrires os olhos
Quando do sonho acordares
Verás no topo do Mundo
Quem tu odiares

Lutaste sem honra
Deixaste fugir a glória
Sofreste um massacre
Como não há memória

Tenho fé
E tenho alegria
Amei a Fortuna
Que pra mim sorria
E no final da noite
No final da paixão
Adormeci o medo
Acalmei a emoção

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