António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

Que Porto vamos ter?

Setembro 24th, 2011

Depois do jogo de ontem, é esta a pergunta que, neste momento, deve estar na cabeça de todos os apaixonados pelo FCP: o Porto avassalador, dominador, massacrante, da 1ª parte, ou, o Porto frágil, trapalhão, inexistente da 2ª?

Teremos um Porto à Artur Jorge, Ivic, Mourinho, Villas-Boas, ou, um Porto à Jesualdo?

Teremos um Porto de personalidade e convicções fortes em nome de uma causa, ou, um Porto de desculpas esfarrapadas no fim do jogo? Sim, porque nada justifica que a equipa desaparecesse do campo depois do 2-1.

Nada justifica passes estupidamente mal dados, perdas de bola infantis, jogadores totalmente desinteressados pelo jogo e uma exibição ao nível da 3ª divisão.

O início da época e, nomeadamente, a exibição frente ao Barcelona, prometiam um Porto “à Porto”. Um Porto com Mística, com Garra, sem medo de nada e capaz de bater o pé aos maiores gigantes do futebol.

No entanto, os dois últimos jogos revelaram uma equipa demasiado frágil e inconsistente. O que não se compreende, dado que se mantém, praticamente, a mesma equipa da época passada. Se, os “músicos” são os mesmos, resta concluir que a culpa da “desafinação” será do “maestro”.

Vitor Pereira, ou dito de outra forma, Jesualdo Ferreira versão 2.0, é o único responsável pela humilhação frente ao Feirense e por um empate ridículo frente a uma equipa que, em dois remates, faz dois golos.

Justiça seja feita, nesta altura o copo está meio… Resta saber se está meio cheio, ou meio vazio. Sim, porque apesar de tudo, o Porto 2011/2012 também já mostrou que é capaz de grandes exibições… basta querer! E, para querer, não é preciso perceber muito de futebol. Basta, “apenas”, mostrar aos jogadores o peso do emblema que trazem no peito; mostrar-lhes que, sempre que entram em campo, há milhares de dragões que esperam deles o máximo dos máximos, a superação dos limites em nome de um clube, de uma cidade, de uma região.

É histórico que, a seguir a uma época gloriosa, o FCP tenha dificuldades em, na época seguinte, atingir resultados satisfatórios. Mas, ao contrário de outros anos, agora a espinha dorsal da equipa, manteve-se. Como explicar então a vertiginosa montanha russa que tem caracterizado a performance do Porto?

Vitor Pereira deverá, neste momento, ter a resposta. Se não tiver, grandes problemas esperam o FCP nos próximos tempos.

“Quo vadis?”

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.