Longe vai o tempo, em que as minhas roupas voavam nas tuas mãos e me tomavas por inteiro.
Longe vão os dias, em que os lábios falavam sem palavras e as línguas eram poesia.
Longe vão as horas, em que a tua pele era o meu porto e o teu olhar o meu refúgio.
Longe vão os minutos, em que “amo-te” era pouco para um amor que era mais que ele próprio.
Longe vão os segundos, em que eramos apenas um grito.
E hoje sou teu por inteiro.
E hoje falamos sem nada dizer, em poesias invisíveis.
E hoje és o meu porto e o meu refúgio.
E hoje amo-te como nunca te amei.
E hoje somos sempre aquele grito.