António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

O Desgoverno, O Aborto e a Deontologia dos Médicos

Novembro 16th, 2007

A actuação do Ministro Correia de Campos à frente da pasta da Saúde tem sido, no mínimo, uma autêntica trapalhada. Se o P.S. estivesse na oposição a este Governo, estaria a pedir a sua demissão todos os dias. A sorte do Eng.º (ou não) Sócrates é ter uma oposição fraca… da esquerda à direita. O PSD anda completamente perdido e Luis Filipe Menezes não está a corresponder ao fulgor da sua governação em Gaia; o PCP, é como aquele jogador que corre muito dentro do campo, luta, esforça-se, mas não faz um passe acertado nem consegue marcar golo; o PP, realmente, coloca o dedo na ferida, mas é um partido que carece de credibilidade junto da opinião pública; o B.E. é um movimento político que não merece a minha consideração, apesar de ter amigos “bloquistas” (desculpa lá Solteiro).

Resumindo, Sócrates e comandita têm-se passeado ao longo dos últimos dois anos, sem que haja uma voz firme a gritar: “O Rei vai nu”.

No folclore do desgoverno socialista, destaco o Ministro da Saúde. É certo que esta é a pasta mais difícil de gerir. Um professor meu na faculdade, dizia que não há Ministro que ponha mão numa organização fechada e coorporativa como são os médicos.

Contudo, é inadmissível o que se está a passar. Este Ministro, atacou e ataca direitos dos utentes, fechando maternidades, dando incentivos a mulheres que abortam, desrespeitando o direito à indignação das populações.

Uma política economicista, do “quero, posso e mando”, que chega a ser uma violação dos direitos humanos.

Para além de tudo isto, o Sr. Ministro Correia de Campos, decidiu atacar a liberdade ética dos médicos, ao impôr a alteração do seu código deontológico, de modo a que o mesmo fique de acordo com a nova lei do aborto.

Perante a recusa da Ordem, o Ministro, à boa maneira salazarista, ameaça com tribunais, Ministério Público, etc.

Depois de rusgas policiais nas sedes dos sindicatos, polícias e controlar greves, só faltava um ministro que, para além de incompetente, é castrador da liberdade de opinião dos cidadãos.

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