António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

“Mumadona Dias” – Carlos Marques

Junho 25th, 2021

(texto inicialmente publicado na Facebook, a 17 de Maio)

 

Desde o início dos Clássicos Filarmónicos que o Paulo Veiga falou algumas vezes na “Mumadona Dias” de Carlos Marques.
Enchi-me de curiosidade e fui ouvir.
Sendo uma obra surpreendente, tem o carimbo de Carlos Marques. Está lá tudo. E isso é uma grande qualidade num compositor: conseguir surpreender-nos, sem perder o seu carácter distintivo.
Melhor entenderemos a obra, se conhecermos a personagem.
Mumadona Dias foi condessa do Condado Portucalense e a mulher mais poderosa do seu tempo no noroeste da Península Ibérica. É reconhecida por várias cidades portuguesas devido ao seu registo e acção.
Após o falecimento do seu marido, o conde Hermenegildo Gonçalves, passa a governar o condado sozinha. O conde Hermenegildo deixou-a na posse de inúmeros domínios, numa área que coincidia sensivelmente com zonas que integrariam os posteriores condados de Portucale e de Coimbra.
Entre a segunda metade de 950 e começo de 951, por inspiração piedosa, fundou, na sua herdade de Vimaranes, um mosteiro sob a invocação de São Mamede (Mosteiro de São Mamede ou Mosteiro de Guimarães), onde, mais tarde, professou. Pouco depois de 959, para a proteção desse mosteiro e das suas gentes contra as incursões dos normandos, determinou a construção do Castelo de Guimarães, também chamado Castelo de São Mamede, à sombra do qual se desenvolveu o burgo de Guimarães, vindo a ser sede da corte dos condes de Portucale.
Apesar de não ser a fundadora da Póvoa de Varzim (Villa Euracini) e de Vila do Conde (Villa de Comite), o seu registo é pioneiro ao incluir pela primeira vez essas villas. Os topónimos de Aveiro (Suis terras in Alauario et Salinas) e de Felgueiras (In Felgaria Rubeans villa de Mauri) também aparecem no documento testamentário de Mumadona Dias como o primeiro a fazer referência escrita a essas terras.
(obrigado Wikipedia)
Aqui fica a “Mumadona Dias” de Carlos Marques, dirigida pelo próprio com a sua Banda Amizade Aveiro.

António Pinheiro

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