Foi o beijo de uma vida. A meta e a chegada de um amor.
Começou com um olhar.
Não um simples olhar como dizem as canções de amor, mas um olhar profundo e que disse mais que muitas palavras vãs em momentos de embaraço.
Ele olhou-a e, só com os olhos, disse-lhe que a amava. Ela retribuiu o gesto. Então, sem abrir a boca, ele continuou… “O meu amor por ti é real, verdadeiro e quero amar-te para sempre…”
Ela sorriu e não desviou os olhos dele. Era o “sim”. “Posso beijar-te?”, perguntaram novamente os olhos escuros dele e os olhos azuis dela responderam, outra vez, “sim”.
Então foi a vez de os lábios falarem. Não com palavras, mas com um suave toque, e depois outro, e mais outro…
Ficaram unidos. Ele sentia aquele sabor doce e terno, como nunca sentira antes e uma fina corrente eléctrica percorria as suas veias. Queria retribuir aquela fantástica sensação e procurou-a com mais intensidade. Ela entregava-se àquela nova experiência e juntos fizeram o amor acontecer numa expressão única. Foi um momento eterno.
Depois dos lábios, as línguas tocaram-se timidamente. Seria de mais para o primeiro beijo? Nada é de mais quando nos amamos e aquele amor era mais forte que qualquer regra ou protocolo.
Adeus. Até amanhã.
Ela mal dormiu. Sempre que fechava os olhos era como se ele a beijasse novamente.
Ele toda a noite sonhou com aquele beijo.
No dia seguinte, mal esperaram para repetir durante largos minutos o escasso momento da noite anterior.
E hoje beijam-se, beijam-se, beijam-se… Mas cada beijo é tão puro, tão terno e doce como o primeiro…