Bolas, como é difícil…
Procurar uma luz e não a ver.
Ter uma meta e não a atingir.
Querer um sonho e não adormecer.
Como dói sentir as pernas imóveis
Os braços gelados
Querer pensar e não conseguir
Não abrir os olhos
Não abrir a boca
Palavras presas
Pensamentos vazios
Mas tu
Guerreira de tantas batalhas
Que com o rosto em sangue
Pisaste os teus inimigos
pegas na espada.
Cerras os dentes.
E lutas.
Como sempre lutaste
E sempre venceste.
E vais vencer.
Porque nada te demove.
Porque eu sei quem és.
Fazes parte de mim.
E também eu fui à liça.
E contigo fui vencedor.
O suor pesa-te.
As feridas doem.
Mas o teu olhar.
Esse olhar que um dia o céu me deu.
É mais forte que tudo.
E depois…
Com o corpo por terra
Desfeito pelo cansaço
Vais sentir o meu abraço
Vais sentir que valeu a pena
E poderás, então, dormir
Repousar
Sonhar.