António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

A que horas?

Setembro 27th, 2008

É um vício!

A maior parte das pessoas que conheço não consegue marcar uma hora:

– A que horas é que combinamos?

– Nove e meia, dez…

É parvo! Ou é nove e meia ou dez!!! Entre as duas referências horárias, há trinta minutos de diferença, porra!

Ainda mais ridículo:

– A que horas combinaste com a tua irmã?

– Às quatro e tal…

Quatro e tal? Quatro e tal?

Quatro e tal pode ir desde as quatro e um minuto até às quatro e cinquenta e nove!

Mas mau mesmo é quando conseguimos marcar mesmo uma hora e depois as pessoas se atrasam.

Lembro-me que, quando comecei a namorar com a minha esposa, ela ficava surpreendida por eu aparecer em casa dela a horas.

Esta cultura do atraso irrita-me profundamente.

E aquelas pessoas que ficam ofendidas quando as chamamos à atenção por terem chegado atrasadas? Será que não percebem que chegar atrasado é uma falta de respeito?

É certo que os imprevistos acontecem a todos. Ninguém está livre… Mas há malta que tem demasiados imprevistos na vida.

Bom fim de semana!

Há pessoas estranhas…

Setembro 13th, 2008

Sentem-se no direito de dizer, fazer, escrever o que lhes apetece e depois dizem: “estou apenas a dar a minha opinião”.

Mas, quando alguém lhes dá uma opinião diferente da deles ficam todos “embufados” .

Gostava de perceber estes gajos… a sério!

Depois há o chamado efeito reflexo, ou projecção. Consiste em acusar os outros de comportamentos que eles próprios têm.

Fico agastado… mas talvez seja eu que esteja a ver o mundo ao contrário.

Começa agora um fim de semana duro. Dois dias a tocar, a correr de um lado para o outro… Preciso concentrar-me e esquecer isto tudo. Na minha vida, tenho outro tipo de preocupações, mais pertinentes. Há coisas para resolver rapidamente e vem alguém com uma arrogância desmedida, chamar-me a mim arrogante.

Vocês, meus amigos, que me conhecem bem, acham que eu sou arrogante?

Eu, Saramago e a linguagem SMS

Setembro 10th, 2008

Ando a ler o Memorial do Convento.

Descobri que tudo o que as minhas “stôras” de português me ensinaram sobre as regras de pontuação, ao longo dos meus tempos de escola, está errado. Ou, pelo menos, não se aplica a escritores de topo. Esses podem fazer o que lhes apetece, sem correrem o risco de levar uma negativa na pauta. Se eu escrever mal… é um erro; se o Saramago escrever mal… é arte!

José Saramago não usa pontos de interrogação nem de exclamação, os diálogos são introduzidos e separados por vírgulas… Do alto da sua intelectualidade, Saramago acha-se no direito de violar uma série de regras de escrita de português. Nada contra. Cada um escreve como quer. Aliás, a escrita de Saramago acaba por ser cativante e engraçada, mas o senhor Prémio Nobel podia facilitar a leitura. Para percebermos a narrativa temos que estar atentos… muito atentos e às vezes ler aquilo duas ou três vezes.

Que saudades eu tenho de Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Cesário Verde, Camilo Castelo Branco, Luis de Camões. Estes, são grandes nomes da nossa literatura, deixaram um legado magnífico, mas não precisaram de nos dar cabo da cabeça para perceber o que escreveram!

Mas, ao ler o livro, eu pergunto-me se a malta do 12º ano que, na sua maioria, também usa uma forma de escrita muito peculiar (ver a história do Capuchinho Vermelho, uns posts atrás) irá perceber aquilo…

Estamos perante um desafio Saramago vs. Teenagers; uma luta entre dois idiomas: Português Alternativo vs. Linguagem SMS

Talvez fosse interessante, num dos próximos livros, Saramago usar K em vez de C e X em vez de S. W em vez de L, colocar H no fim das palavras e por aí fora… Eu ia continuar sem perceber, mas assim os “teenagers” já percebiam! Boa ideia, não?

Aí, sim! A malta ia curtir ler Saramago…

P.S. – outro dia vi o Saramago na T.V. a dizer que se escreve muito mal o Português. Ele lá sabe do que fala.

Parabéns Pai!

Agosto 30th, 2008

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No dia do meu casamento, o meu pai agarrou-se à minha mulher! Já viram isto?

Tão queridos que eles são, os dois…

Este senhor que vêem na foto completa hoje 61 anos!!! Não parece, pois não?

É o maior!

Pronúncia do Norte

Agosto 27th, 2008

Na sua mais recente produção, a TVI cometeu um brutal atentado cultural ao Norte de Portugal, principalmente à cidade do Porto.

Na telenovela “Feitiço de Amor” existem personagens nascidas e criadas no Porto. Estranhamente, nenhum dos actores escolhidos para essas personagens tem sotaque do Norte, antes pelo contrário. Falam todos à maneira lisboeta!!! Chega a ser ridículo…

Por exemplo, a personagem interpretada pela actriz Rita Pereira, no início da novela vivia (ao que se pôde apurar pelas imagens) algures entre a Afurada (Vila Nova de Gaia) e Lordelo (Porto). Conhecem alguma rapariga natural deste eixo geográfico que fale com a pronúncia “queque” da Rita Pereira?

Eu não.

Mais uma prova da falta de respeito que existe nos centros de decisão de Lisboa, pelo Norte e pelas suas gentes.

Parabéns Marisa!

Agosto 22nd, 2008

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Íamos nós a caminhar por Barcelona, quando vimos o D. Quixote, e diz ele:

– Olha a Princesa Marisa! Posso tirar uma fotografia com ela? Posso? Oh… vá lá… só uma!

E eu, como sou um gajo simpático, autorizei!

O D. Quixote ficou todo contende por poder tirar uma fotografia com a MINHA Princesa!

Marisa, muitos parabéns! Mereces tudo de bom!

AMO-TE!

(Vá… tudo a dar os Parabéns à mulher da minha vida!)

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.