António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

As palavras…

Agosto 29th, 2008

pesadelo2.jpg

– Vamos ficar abraçados… Abraça-me e sorri para mim. Adoro o teu sorriso!

– Sorri para mim também!

– Aconteça o que acontecer, tu serás sempre minha…

– Aconteça o que acontecer, o nosso amor é para sempre… acho impossível deixar-te! Não consigo imaginar a minha vida sem ti… A sério! Só depois de te conhecer percebi o significado de certas palavras. Antes eu dizia certas palavras, porque era bonito… Mas agora sinto mesmo o que estou a dizer. Se não te tivesse na minha vida estava perdida.

– Não sei o que te diga… Estou a chorar…

– Oh… não chores!

Onde está o Sol?

Agosto 29th, 2008

O sol está em ti…

Quando me olhas e quando te voltas
Quando sorris e quando choras
Quando andas, quando corres, quando nadas, quando voas…

Quando pedes mais e quando dizes pára
Quando os teus beijos são como chuva e quando és seca como um estalo
Quando me abraças com paixão e quando me tocas como uma brisa

…o Sol está em ti.

Pronúncia do Norte

Agosto 27th, 2008

Na sua mais recente produção, a TVI cometeu um brutal atentado cultural ao Norte de Portugal, principalmente à cidade do Porto.

Na telenovela “Feitiço de Amor” existem personagens nascidas e criadas no Porto. Estranhamente, nenhum dos actores escolhidos para essas personagens tem sotaque do Norte, antes pelo contrário. Falam todos à maneira lisboeta!!! Chega a ser ridículo…

Por exemplo, a personagem interpretada pela actriz Rita Pereira, no início da novela vivia (ao que se pôde apurar pelas imagens) algures entre a Afurada (Vila Nova de Gaia) e Lordelo (Porto). Conhecem alguma rapariga natural deste eixo geográfico que fale com a pronúncia “queque” da Rita Pereira?

Eu não.

Mais uma prova da falta de respeito que existe nos centros de decisão de Lisboa, pelo Norte e pelas suas gentes.

Parabéns Marisa!

Agosto 22nd, 2008

100_3532.JPG

Íamos nós a caminhar por Barcelona, quando vimos o D. Quixote, e diz ele:

– Olha a Princesa Marisa! Posso tirar uma fotografia com ela? Posso? Oh… vá lá… só uma!

E eu, como sou um gajo simpático, autorizei!

O D. Quixote ficou todo contende por poder tirar uma fotografia com a MINHA Princesa!

Marisa, muitos parabéns! Mereces tudo de bom!

AMO-TE!

(Vá… tudo a dar os Parabéns à mulher da minha vida!)

Regionalização: eu quero, mas será que o País quer?

Agosto 20th, 2008

Durante as minhas últimas férias, em Espanha, fiquei com uma dúvida. Será que em Portugal a Regionalização teria sucesso ou, ficaria tudo na mesma?

Tenho pensado muito nesta questão e ainda não encontrei a resposta.

Em Espanha, as populações são muito apegadas à região em que nasceram e em que vivem, algo que não acontece em Portugal. Aliás, em Portugal esse sentimento de carinho regionalista quase nem existe, muito por culpa de séculos em que se dizia “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”.

Infelizmente, ainda hoje, muita gente pensa assim. Mais grave ainda: muita gente fora de Lisboa pensa assim!!! Conheço pessoas que vivem no Norte mas que prestam uma autêntica vassalagem ao “Imperialismo” da Capital: “em Lisboa é que é bom, Lisboa é melhor, bla, bla, bla…”

Por essas e por outras é que ainda existe um fosso entre a Grande Lisboa e o Resto do País: os grandes investimentos são feitos em Lisboa, as sedes das empresas estabelecem-se em Lisboa, as melhores ofertas de emprego estão em Lisboa, os salários em Lisboa são mais altos. E isto torna-se grave quando as populações das regiões menos favorecidas aceitam esta situação sem se manifestarem.

Acredito que, se em vez de nos rendermos à hegemonia sulista que comanda este País, defendêssemos as nossas Regiões, a situação económico-social de Portugal seria muito melhor. E não só! A Arte, a Cultura, o Desporto, a Saúde, o Ensino, estariam muito mais desenvolvidos. E isto conseguia-se com um bom processo de Regionalização.

Mas, para a Regionalização ser bem sucedida, seria importante que as pessoas, de facto, amassem e defendessem as suas regiões.

Goste-se ou não do seu estilo irreverente, Alberto João Jardim é o exemplo de um político que luta pela sua terra e não se verga perante o Poder Central.

Outro exemplo da falta de espírito regional por parte dos portugueses encontra-se no Desporto.

Em Portugal, há benfiquistas, sportinguistas e portistas (?) de Norte a Sul do País. Em Espanha, isto é impensável. As pessoas apoiam o clube da sua região. Um exemplo muito claro disto é o mítico Barcelona: “Mais que um clube!” é o seu lema. O Barça tem sido, sobretudo, um símbolo da luta do nacionalismo Catalão contra o Governo Central de Madrid. Não conquistar a liga é uma coisa; ficar atrás do Real Madrid é um desastre total.

Eu pergunto: como pode uma determinada região evoluir se as suas gentes, em vez de contribuírem para as associações da terra, apoiam clubes sediados em Lisboa?

Olhem para os estádios de Aveiro, de Leiria, de Coimbra, do Algarve. Estão constantemente às moscas! Porquê? Porque o Beira-Mar, a União de Leiria, a Académica, têm meia-dúzia de adeptos. Já para não falar no caso do Farense que desapareceu das competições profissionais. São clubes que podiam dar muitas alegrias às regiões em que se inserem, mas não têm apoio, porque os seus conterrâneos são apoiantes do SLB, do SCP e do FCP.

Por tudo isto e muito mais, tenho muitas dúvidas sobre a viabilidade da Regionalização em Portugal, apesar de ser defensor da sua implementação.

Vasco Balio & os Luvas de Amianto (ao vivo!)

Agosto 17th, 2008

Foi ontem à noite!

No 13º Festival de Música Moderna Portuguesa de Gondomar, subi ao palco com Vasco Balio e os Luvas de Amianto, para uma noite inesquecível de música.

A sério que queria escrever um texto sobre a nossa actuação, mas não consigo. Foi emocionante estar naquele palco e sentir a reacção do público à nossa música.

Indescritível!

Um dos momentos altos da noite pode ser visto no Youtube: basta clicarem em cima deste texto!

Ode a Maria

Agosto 13th, 2008

perolasbbb.jpg

Suave toque delicioso
Pérola de nuvem brilhante
É o teu sorriso, enfim…

Adormeço numa fina cama
Nos mais puros lençóis tecidos
Pelo teu olhar em mim…

Nada mais resta
Nada mais sou
Que apenas a sombra
Do brilho divino que és tu

Arte, magia…
O mais doce amor vivido
Cordão sobrenatural
Que alimenta com o teu,
o meu coração

Jardim perfeito
Mar azul
Verde pastagem
Fresco ribeiro

Em busca da perfeição

Agosto 11th, 2008

Estão aí os Jogos Olímpicos e a habitual questão: “será que Portugal vai ganhar alguma medalha?”.

O meu pai diz que não. Segundo ele, anda toda a gente a fazer muita festa em torno de alguns atletas e, normalmente, as festas antecipadas não correm bem. Basta olharmos para o que aconteceu com a decepcionante prestação de Cristiano Ronaldo no Europeu 2008.

Em parte, eu concordo. Nunca se viu uma euforia tão grande em torno dos atletas olímpicos portugueses. Naide Gomes, Nelson Évora, Vanessa Fernandes, já estão medalhados e ainda não entraram em competição.

Recentemente, passou na televisão uma reportagem sobre os métodos de treino dos atletas chineses. São treinos intensivos, duros, que começam a partir dos 4 – 5 anos. Os comentários do jornalista e também do público em geral foram depreciativos.  Contudo, no desfile de abertura dos J.O., Portugal apresentou-se com 70 atletas. A China apresentou-se com mais de 600.

Neste momento, Portugal pergunta-se se vai ganhar alguma medalha.

A China prepara-se para ser o vencedor no ranking final.

A busca da perfeição tem um preço, mas nem todos estão dispostos a pagá-lo.

É típico e acontece nas mais diversas áreas.

Na música por exemplo:

– Gostava de tocar como aquele fulano. O que é que ele faz para tocar assim?

– Levanta-se cedo. Estuda 6 horas por dia. Toca muitas escalas, notas longas. Faz exercícios de flexibilidade…

– Hmmm… isso não é para mim… 

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.