António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

Best Of

Novembro 14th, 2009

Não percebo aquela cena de cantores e bandas com meia dúzia de anos de carreira e dois ou três álbuns editados, lançarem um “best of”.

“Best of” de quê?

Para mim, um gajo para lançar um “best of”, deveria ter, pelo menos, uns 20 anos de carreira ou, no mínimo, 10 álbuns editados.

“La Belle Époque” já tem site!!!!

Novembro 12th, 2009

Vou ser extremamente egoísta neste post.

Os últimos dias não têm sido fáceis. Alguns de vocês sabem porquê (e aproveito a oportunidade para agradecer as várias manifestações de apoio e solidariedade que tenho recebido).

Felizmente, ainda tenho coisas como a “La Belle Époque”. Aliás, muitos dos meus amigos mais chegados têm dito: “O teu trabalho e tudo o que tens feito é superior a isso tudo…”

Este projecto, nascido em Abril, tem crescido e evoluído muito favoravelmente, tendo obtido, no passado Sábado, mais um êxito estrondoso na ExpoMaratona, que decorreu no Palácio de Cristal (Porto).

Obrigado a todos os que dela fazem parte e às pessoas que têm confiado no nosso trabalho.

É com muito orgulho que sou o líder desta magnífica orquestra:

http://labelleepoque.bandadafoz.com/

Sábado estaremos na Trofa, para o Encontro de Orquestras Ligeiras.

Apareçam.

Vozes de Esperança – 10 anos

Novembro 9th, 2009

Comemoram-se, por estes dias, dez anos desde que aceitei dirigir as Vozes de Esperança. Repito: aceitei. Fui convidado. Não pedi a ninguém para assumir o cargo.

Na altura, o grupo nem nome tinha. Quando lá cheguei, deparei-me com dois desafios: primeiro, dar ao grupo qualidade musical, o que era extremamente difícil, dado que eu não sabia, nem sei, cantar; segundo, dar ao grupo dignidade. De facto, as V.E. eram, na altura, um grupo que existia e não existia. Existia, porque cantava todos os sábados na missa. Não existia, porque, para as pessoas, o grupo pouco, ou nada significava. Muita gente desconhecia a sua existência. Daqueles que conheciam, grande parte, ridicularizavam-no.

Resolvi fazer a coisa por partes, pela ordem que citei acima. Acabou por não ser difícil pôr as meninas a cantar bem, porque, de facto, elas tinham e têm excelentes vozes. Bastou saber trabalhar essas vozes e dar-lhes a liberdade necessária para as soltarem. Foi trabalhoso, muito trabalhoso, mas não difícil. O segundo aspecto, esse sim, foi e é complicado. Em primeiro lugar, foi necessário aumentar a auto-estima delas. Fazê-las acreditar no seu valor artístico e humano. Depois, mostrar ao povo que estava ali um grupo coral com qualidade, com talento, com valor, com dignidade.

E aqui começaram os problemas. Paradoxalmente, enquanto aumentava a nossa popularidade junto de muitas pessoas (às quais agradecemos), do mesmo modo, paralelamente, aumentava o incómodo que as V.E. causavam noutras pessoas. Começaram a surgir boicotes, ataques, boatos, inúmeras tentativas de destabilizar as V.E. e desacreditar o nosso trabalho. As pressões vinham de muitos lados e as V.E. estiveram perto do fim. Contudo, tiveram a inteligência de reverter a situação e ganharam ainda mais força. Mas o ódio inexplicável que alguma gente sentia pelo grupo não terminou. Apenas se escondeu.

Esporadicamente, lá surgem aquelas críticas completamente descabidas e sem fundamento, lá surgem as provocações vindas, quase sempre, dos mesmos actores, feitas da mesma forma. Depois de duas oratórias, dois encontros de coros, vários concertos, um CD e outras actividades por nós promovidas, já para não falar no nosso trabalho semanal, continua a haver alguém que tenta, por vezes, através dos mais sórdidos meios, atacar as V.E., sabe-se lá com que intenção.

É incompreensível que queiram continuar a tratar as V.E. como as coitadinhas que cantavam de forma desorganizada na missa de Sábado. É incompreensível que sejam incapazes de admitir que as V.E. são um grupo coral com qualidade e dinamismo. É incompreensível que o nosso sucesso, as nossas prestações, o nosso trabalho e o nosso suor, causem inveja, ódio, maledicência. É incompreensível que haja gente que queira destruir algo que é, na minha opinião e na opinião de muita gente, tão bonito. Contudo, até conseguirem esse feito, terão que se esforçar muito, porque cada novo ataque, cada nova investida desses covardes, dá-nos ainda mais força.

O que mais me choca é fazerem tudo pela calada. Se nos conhecem, se sabem quem nós somos, porque não dizem o que têm a dizer à nossa frente? Até temos um site. Estão lá os nossos e-mails. Escrevam. Digam tudo o que vos vai na alma, porque, quando o fizerem, estaremos a crescer ainda mais. Querem o nosso lugar? Digam-no. Mostrem-se disponíveis, mostrem um projecto, mostrem qualidade e, no dia seguinte, nós bazamos para outro lado. Apareçam e esqueçam as intrigas porque, enquanto continuarem assim, as V.E. vão continuar a ser o vosso pior pesadelo. Vamos continuar a cantar como temos feito até aqui, ou ainda melhor. Vamos continuar a participar e a organizar concertos. Vamos continuar a participar e a organizar encontros de coros. Vamos gravar mais CDs, vídeos, DVDs, o que for preciso, para mostrar ao Mundo que o sucesso vem do esforço, vem do trabalho e não de manobras mesquinhas de gente sem personalidade.

Estas palavras podem parecer escritas com a cabeça quente, mas não são. Foram pensadas e meditadas. Se eu as escrevo aqui, é porque sei que vão chegar aos descerebrados que insistem em vilipendiar o nosso trabalho. E volto a repetir: trabalho. Nada nos caiu do céu. Muito pelo contrário. Sempre nos puseram dificuldades. Sempre tivemos que lutar contra muitos obstáculos.

Sabe Deus, sei seu, sabe a minha família e sabem as V.E. o custa preparar uma “simples” Missa, o que custou gravar o CD, o que custa ensaiar para um concerto, o que custa sair de casa à noite, de Inverno, com frio e chuva para ensaiar, enquanto outros ficam no sofá, a imaginar formas de destruir as V.E. Meus caros: um dia, até podem conseguir. Mas, até lá, terão que se esforçar muito, mas mesmo muito mais. As V.E. são um osso duro de roer e o “chefe” delas ainda é pior.

Talvez este texto não se enquadre nos valores cristãos que as V.E. defendem e guiam a nossa conduta. Talvez… Mas somos seres humanos, erramos e temos a consciência disso. Já andamos há vários anos a dar a outra face.

Chega.

As V.E. são constituídas por pessoas que merecem ser respeitadas. E eu irei defendê-las sempre que assim se revelar pertinente. Custe o que custar. Estas meninas têm-me proporcionado momentos maravilhosos e merecem que eu dê tudo por elas.

Dia 6 de Dezembro iremos actuar em Broalhos (Gondomar).

Dia 27 de Dezembro é o nosso concerto de Ano Novo em Crestuma.

Dia 3 de Janeiro vamos representar a nossa Vila e o nosso Concelho a Mões (Castro Daire) num Encontro de Coros.

Estamos todos os sábados na Missa.

Apareçam.

Saudades da Rádio Rock

Novembro 9th, 2009

O recente falecimento do grande profissional da rádio – António Sérgio – fez-me recordar com nostalgia os tempos em que a Rádio Comercial era a “Rádio Rock”.

Aliás, ainda anda lá para casa uma tshirt da dita rádio que inclui mesmo essa expressão: A Rádio Rock.

Na altura, antes de se ter transformado num clone da RFM, a Comercial marcava a diferença no panorama radiofónico português. Alheia a playlists, mainstreams, tendências e afins, “limitava-se” a passar boa música… muito boa música, servida com humor, alegria, juventude. Ao longo do dia podíamos ouvir os grandes dinossauros do rock, bem como grupos que estavam, na altura, a despontar.

E tinha público. Um público fiel.

Dizia um amigo meu: “Consigo ir e vir a Lisboa sempre a ouvir a Comercial”.

A “velha” Comercial acompanhou-me em muitas horas de estudo, sono, Championship Manager, namoro… Era a Comercial que me fazia aguentar as filas de trânsito com um sorriso.

Era uma rádio de culto.

Provavelmente, a única rádio de culto de difusão nacional.

Agora, e desde há uns anos para cá, é uma rádio como as outras. Que passa a mesma música que as outras. Que tem locutores como as outras. Que faz as mesmas coisas que as outras.

Formatada, entediante, automática.

Talvez por isso, o grande António Sérgio tenha sido proscrito pelos responsáveis da Comercial. Por ser diferente, irreverente e não ir em cantigas.

Vai-se ouvindo a Antena 3.

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.