António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

Síndrome “Ministro da Guerra Iraquiano” ou “Violinista do Titanic” ou “O Rei vai nu”

Abril 19th, 2011

Cosmética.

Areia para os olhos.

Para inglês ver.

Ou, simplesmente, falta de senso, falta de sentido de ridículo, falta de vergonha.

O barco afunda e, no entanto, continuamos orgulhosos de ser o maior barco de sempre, mas ele continua a afundar.

As tropas americanas entravam em Bagdade e o Ministro da Guerra Iraquiano afirmava que os ianques iam arder dentro das fardas.

O amor próprio perdeu-se?

Assumimos, definitivamente, a nossa própria prostituição?

Já diz o povo que “mais vale parecer do que ser”…

E estes parecem. Mas estão longe de o ser. Estão cada vez mais longe de o ser e um dia a máscara tão bem moldada vai cair.

Alguém já gritou “o Rei vai nu”. Mas o Rei, egoísta, orgulhoso, mandou matar tão infame caluniador. Mas continua nu. Despido. Vestido apenas com o manto da ilusão por si próprio tecido.

“O Rei vai nu” grita outro corajoso e novo pelotão de fuzilamento avança. E são sempre os mesmos. O mesmo esquadrão da morte. Tão, ou mais, despido que o próprio rei.

Sucedem-se os gritos de “O Rei vai nu”, “o navia afunda”, “salve-se quem puder” e o esquadrão da morte dispara, degola, assassina.

E o ansiado dia da glória eterna aproxima-se e aproxima-se, também, o dia da suprema humilhação.

“Vou realizar uma vingança terrível contra eles, com violentos castigos, para que saibam que eu sou o Senhor, quando me vingar deles.” Ezequiel, 25:17

Lágrima de saudade

Abril 14th, 2011

Foi mais uma noite sem dormir.

Sobressaltado pela distância e pela ausência.

Acordado pelas doces memórias do teu corpo,

Do teu beijo,

De tudo o que é teu e me leva à perfeição da felicidade…

Não dormi..

Nem um segundo…

Porque o meu coração mantinha-se acordado na busca pelo teu

Querendo saltar do peito e arrebatar-me,

Mais uma vez,

Aos teus braços

À ternura desse olhar que me desfaz,

Que me faz sentir o ser mais amado do Universo

Grito de saudade…

Abril 12th, 2011

Não perguntes como, nem porquê, nem quando…

Não perguntes porque solta a minha garganta este grito de saudade…

Não perguntes porque tenho o teu nome tatuado na minha pele, com a tinta quente da tua ausência…

Não perguntes porque sempre que fecho os olhos me sinto arrebatado para os teus braços…

Não perguntes porque é que os meus lábios procuram os teus…

Não perguntes porque choro com a doçura do teu rosto…

Não perguntes porque te amo tanto quando estou dentro de ti…

Não perguntes porque te beijo como se o Mundo já não existisse…

Não perguntes porque te possuo como se possuísse o Céu…

Responde, ontem, amanhã, sempre…

Responde com o teu grito distante…

Responde com o teu corpo tatuado pelo meu…

Responde com um sorriso…

Responde com um beijo…

Responde com lágrimas…

Responde dentro de mim…

Responde com a eternidade…

Responde com o êxtase…

Eu querer, quero a toda hora…

Abril 2nd, 2011

Eu querer, quero a toda a hora…
Os teus olhos e a tua boca
A tua boca na minha
Lábios doces
Ternos
Que me dizem tanto quando se abrem aos meus

Eu querer, quero a toda hora
Saber-te ao meu lado
Calmamente ouvindo o meu Mundo
As memórias de um tempo em que não existias
E os sonhos do futuro em que te quero

Eu querer, quero a toda a hora
O meu corpo envolto pelo teu
Perdido na brancura da tua pele
Bebendo o teu suor
Perdendo-me no teu sorriso
Naufragando na loucura do teu desejo

Eu querer, quero a toda a hora…
Agarrar a tua mão
Como se agarrasse um sopro de vida
Rendendo-me à ternura
De sentir os teus dedos beijar a minha pele

Eu querer, quero a toda a hora…

La Belle Époque no Conservatório de Música do Porto

Março 28th, 2011

A La Belle Époque foi convidada para participar no concerto comemorativo do 1º Aniversário dos “Bandamecos” – Orquestra Juvenil da Banda Marcial da Foz.

O concerto realizou-se no passado dia 26 de Março, no Conservatório de Música do Porto.

Aqui ficam excertos da nossa actuação:

“Manteca” – http://www.facebook.com/video/video.php?v=194115427293490&comments

“Gimme! Gimme! Gimme” – http://www.facebook.com/video/video.php?v=194109453960754&comments

“Wade in the water” – http://www.facebook.com/video/video.php?v=210447085634148&comments

Apagam a História, mas não apagam a Memória

Março 27th, 2011

A História faz-se de factos e não daquilo que se diz ou escreve.

Podem ignorar os factos; fazer de conta que não existiram; podem negá-los; podem até apagá-los dos livros.

Contudo, nunca os poderão apagar da Memória de quem os viveu. Não é por reescrevem a História à vossa maneira, que aquilo que aconteceu será diferente.

Aconteceu. Eu estive lá. Outros estiveram lá e, pior que tudo, aqueles que agora apagam pedaços da História, também estiveram lá.

Memória nos sentidos, na visão e na audição mas, acima de tudo, há a Memória afectiva de quem viveu, sofreu, amou, trabalhou para que aquilo, que agora outros assumem como seu, pudesse nascer, crescer e ser aquilo que hoje é.

Podem apagar e reescrever mil e uma vezes. Mas o Passado é imutável. Pode sê-lo aos olhos de gente débil mental. Mas, pessoas com consciência, que estão no Mundo de boa-fé, sabem que não foi assim como agora estão a dizer que foi…

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.