O meu blog começa a ser imitado por aí!
É a maior prova de respeito e admiração que me poderiam dar.
Obrigado!
O meu blog começa a ser imitado por aí!
É a maior prova de respeito e admiração que me poderiam dar.
Obrigado!
Quiseste construir um castelo
Mas só tinhas fósforos queimados
Quiseste dançar a dança da loucura
Mas o teu corpo é uma máquina desarticulada
Quiseste cantar um hino triunfal
Mas a tua voz há muito que perdeu o tom
Quiseste pintar uma obra prima
Mas os teus pincéis desdenham o bom gosto
Quiseste esculpir a estátua de Deus
Mas criaste uma rocha tosca e disforme
Quiseste ser mulher
Mas não passas de uma fêmea
Depois do sucesso que foi a rúbrica “Consultório Jurídico”, que chegou a ter ecos em outros espaços cibernéticos, introduzo agora o Consultório Psiquiátrico.
Mais uma vez, um visitante aqui do estaminé enviou-me um email colocando uma questão, que quero partilhar convosco:
“Caro António,
Acho que há qualquer coisa de errado comigo: apesar de falar, pensar, agir como um político, passo a vida a dizer e a escrever que não o sou… Vai uma grande confusão na minha cabeça, será que me podes ajudar?
Um abraço,
J.”
Caro J, em primeiro lugar, quero dizer-lhe que não está sózinho. Conheço, pelo menos, mais uma pessoa assim. Eu não sou psiquiátra, psicólogo, ou afim, por isso, o que lhe vou dizer não tem qualquer valor científico.
A vida é cheia de dúvidas e inquietações (agora parecia a Maya). Por vezes, apesar de pensarmos de uma determinada forma, agimos de outra diametralmente oposta, por várias ordens de razões. No seu caso, tenho a certeza que o senhor não é político, apesar de agir como tal. Provavelmente, isso deve-se ao facto de algo, ou alguém, estar a impor-lhe uma conduta contra-natura que, consequentemente, provoca essas disparidades entre aquilo que realmente é e aquilo que aparenta ser.
Isto é a hipótese A.
No entanto, há uma hipótese B.
Como mandam as boas práticas, fiz um diagnóstico diferencial. Provavelmente, o senhor é de facto um político e só o nega para tentar dar alguma credibilidade à sua mensagem enquanto tal. Já se sabe que as pessoas não gostam de políticos e acham que são todos uma cambada de aldrabões. Nesta lógica, a melhor forma de fazer passar a sua mensagem como credível é dizer logo à partida: eu não sou político.
Posto tudo isto, o meu conselho: tire umas férias e, quando voltar, arranje um hobby que lhe ocupe o tempo livre. Vai ver que as suas dúvidas desaparecem e a sua vida melhor.
Caros amigos e inimigos, visitantes do meu querido site,
Vou de férias.
Vou estar uns dias afastado do Mundo.
Preciso descansar o corpo e a alma.
Por isso mesmo, as próximas actualizações aqui dos estaminé serão automáticas. Também por isso, não poderei aprovar, censurar ou responder aos vossos comentários.
Quando voltar, eu aviso.
Boas férias para mim!
Vão seguindo o meu Twitter… pode ser que escreva lá alguma coisa.
Nunca percebi a utilidade de fazer a cama. A sério… Porquê tanto trabalho de manhã, quando algumas horas depois, tudo será para desfazer?
Como, durante largos anos da minha vida, partilhei a cama com a minha avó, nunca precisei de me preocupar em fazê-la. Contudo, quando tive o meu próprio quarto, com a minha própria cama, começou a luta António vs. Lençóis.
Luta essa que venci facilmente. Bastava juntar as várias camadas de lençóis, cobertores, cobertas e afins aos pés da cama, segurar com força, esticar até à cabeceira, alisar e… pronto! Em trinta segundos fazia a minha caminha.
No entanto, todo este conceito iria mudar no dia em que me casei.
A minha mulher demonstrou-me que, fazer a cama, pode ser um processo bem complexo e, até mesmo, artístico.
Descobri que há um monte de pequenos gestos necessários para que uma cama “fique em condições”.
Lá me esforcei por aprender. Afinal, não queria defraudar a minha cara-metade num aspecto da vida doméstica que ela tanto valoriza.
Chegou, então, o dia em que tive que fazer a cama pela primeira vez, de acordo com as directrizes da minha amada esposa.
Foram quinze minutos de grande intensidade. Medi cada gesto com a precisão cirúrgica. Transpirei, olhei diversas vezes para cada camada de roupa para verificar se tudo estava preciso. Quando o trabalho terminou, estava cansado, ensopado em suor, mas orgulhoso do meu esforço. A cama parecia perfeita.
A Marisa chegou. Fui a correr: “Anda ver! Fiz a cama sozinho!”
A Marisa entra no quarto. O meu coração palpitava “será que ela vai gostar”. Não conseguia esconder o meu nervosismo…
Depois de analisar o leito, sentenciou: “A cama está toda torta!”, destruindo por completo a minha auto-estima.
Mas “está toda torta” como? Eu olhava para todo o lado e não conseguia ver o que estivesse torto. Seria a posição das almofadas decorativas? Seria a posição da coberta? Meu Deus!!! Estava cada vez mais desesperado! Onde é que eu teria errado, bolas!
Então, a Marisa caminha em direcção à cama. Agarra da coberta e move-a dois milímetros para o lado… Dois milímetros!
“Agora está bem, mas estava tudo torto!”
Dois milímetros, dois milímetros…