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A partir do minuto 8:55
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A partir do minuto 8:55
Porque só tu sabes
A emoção de te olhar
Tocar e sentir
Roubar o teu olhar
E chamar-lhe meu
Acolher-te no meu colo e dizer-te: sou teu
Segurar a tua mão
Enquanto o infinito nos adormece
Viver nos teus olhos
Amar na tua boca
Queimar o mundo com desejo
Quero gritar
Gritar só para ti
Amo-te!
Amo-te!
Amo-te!
Beijar-te até o ar me fugir
E cair
Em ti
Porque cada segundo ao teu lado
É um pedaço de Verão
Um Verão que te trouxe
E que contigo ficou
Porque só tu sabes
Que esse Verão é eterno
É nosso
Para sempre…
Olha eu ali!!!! (a partir do minuto 9:55) – http://www0.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=19455&c_id=1&dif=tv&idpod=58998
Dá-me a tua mão
E leva-me junto a ti
Para onde quiseres
Para o fim do Mundo
Se o desejares
Não te afastes
Nem por um só instante
Quero que a minha pele seja para sempre tua
E que o meu coração bata ao ritmo do teu
Quero rodopiar contigo
Ficar tonto
Cair no chão
Desmaiar e acordar nos teus olhos
Respirar um beijo teu
E dançar…
Dançar com o teu corpo a conduzir-me
Fechar os olhos e sentir apenas que me amas
Porque nada mais importa
Nada mais faz sentido
A não ser a tua dança
A nossa dança
O mundo gira, gira
Mas nós giramos ao contrário
Sem nexo
Sem princípio nem fim
Num ritmo que escreveste quando me despiste
E dançaste sem olhar para trás
Nem trovões ou bombas
Nem cidades guinchantes
Esconderão a nossa música
Porque eu dei-te a mão
Porque tu deste-me mão
E nunca mais a dança parou
E nunca vai parar
Enquanto a minha pele for tua
Enquanto os teus olhos me acordarem
Enquanto eu respirar os teus beijos
Eu vou dançar
Mesmo quando estamos longe
Mesmo quando dormimos
Não consigo parar
É mais forte que tudo
Esta música que não pára…
Danço, danço, danço…
Não serão poucos os homens e mulheres que, chegados à casa dos trinta, entram em divagações nostálgicas sobre os tempos em que detinham metade dessa idade.
Essas recordações, porventura, serão mais acentuadas quando, por força de qualquer circunstância, convivem com rapazes e raparigas com metade da sua idade.
Recorrentemente, surgem expressões como “no meu tempo é que era…” ou “se eu soubesse o que sei hoje…”
Não me parece.
Este tempo continua a ser como o nosso tempo.
Há dias atrás dei por mim no meu carro, a transportar quatro seres humanos com metade da minha idade. Surpreendentemente, ou não, o ambiente, as conversas, as atitudes, os gestos, o modo de encarar a vida, eram os mesmos, vividos da mesma forma, que eu e os meus amigos vivíamos quando tínhamos metade da nossa idade.
Esta deambulação pelas brumas da saudade levou-me a outro ponto: desde puto que sempre achei que o mundo dos adultos seria uma seca. E é.
Talvez por isso, durante longos anos da minha vida, me recusei a “crescer”, não sendo as poucas vezes em que fui acusado de infantil e imaturo. “Whatever”. Se ser adulto é ser aquilo que a maior parte dos adultos é, então deixem-me ser puto.
Aliás, confrontando as recentes experiências que tive com pessoas com metade da minha idade, com pessoas da minha idade e com pessoas com o dobro da minha idade… A conclusão é apenas uma.
– És feio!
– És mau!
– Não gosto de ti!
– Desaparece da minha vida!
– Morre!
– Hmmm…
– Que foi?
– Não me dava jeito morrer agora…
– Então?
– Tenho coisas combinadas…
– Pois, realmente é chato…
– Dás-me boleia?
– Dou!
– Obrigado! És um amigalhaço!
– Deixa-te de coisas, tu é que és um fixe!
– Sou nada… és tu!
– És tão lindo!
– E eu amo-te muito!
– E eu a ti!!!
Sinto os dedos vazios
A boca seca…
O meu corpo adormecido
Falta-me uma pele
Outra boca
Outro corpo
Uma pele que me envolveu
Uma boca que me saciou
Um corpo que me possuiu
Eu hoje ia escrever aqui algo. Aliás, escrevi mesmo mas, quando terminei de ler… apaguei. É melhor EU censurar-me, antes que outros me censurem.
Ao menos a minha censura é honesta e frontal e para comigo próprio. Sei porque motivos ME censuro e sei que essa censura é de boa-fé.
A outra, não. É feita por motivos que não compreendo, nem nunca hei-de compreender e claramente conspurcada de má-fé.
Por isso, censurei-me. Só eu sei porquê. Só eu compreendo. E basta.