António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

Um dia vou em frente…

Novembro 9th, 2011

O ano passado fui tocar à Maratona do Porto. Durante toda a manhã, ao ver milhares de pessoas a correr, a maior parte divertida e emanando felicidade, muitos com idade para serem meus pais e, até mesmo, meus avós, senti uma forte motivação para, também eu, entrar no mundo da corrida. Enquanto, dias depois, revia as fotos e vídeos dessa manhã, pensei: “Um dia vou com eles…”

Tudo isto, aliado à minha amizade com o maratonista Vitor Dias (www.correrporprazer.com), fez com que, três meses depois eu começasse a treinar 2-3 vezes por semana, repartindo as minhas corridas entre o Parque da Lavandeira e a zona balnear de Gaia. Daí até à minha primeira prova, foi um passo: Corrida do Dia do Pai, na qual, com muito esforço, fiz 6 quilómetros em 45 minutos. No fim da prova pensei: “Um dia faço isto em meia hora…” (e fiz, há duas semanas atrás, na Corrida dos Ossos Saudáveis!)

No final, completamente estourado mas satisfeito, decidi levar os treinos um pouco mais a sério e inscrevi-me de imediato para uma prova de 7km que iria acontecer em Junho. Disse para mim mesmo que iria treinar com dois objectivos principais: correr os 14km da Family Race (integrada na Maratona do Porto, Novembro de 2011) e, em 2012, poder fazer uma meia-maratona.

Um belo Domingo de Julho corri, em pouco menos de duas horas, 18km. Ao partilhar a minha felicidade com o Vitor ele diz de imediato: “Então podes fazer a meia-maratona do Porto, que é em Setembro. Mais uns treinos e tas pronto.”

E assim foi. No dia 18 de Setembro, com um misto de nervos e emoção lá andei eu a correr 21km e mais qualquer coisita entre o Porto e Gaia, com o objectivo de terminar a prova entre as 2h15 e as 2h30.

Já no último quilometro, na última curva antes da meta, vejo empoleirado nas barreiras de segurança o Gonçalo Dias (filho do Vitor) sorrindo e aplaudindo. Logo atrás estava o pai, de máquina fotográfica em punho, também ele a incentivar-me. Naquele momento, todo o cansaço acumulado ao longo de 20km pareceu desaparecer. Dias mais tarde, o Vitor dizia “O Pinheiro não devia estar muito cansado, vinha a rir-se.” Pois vinha… pois é esse o efeito da corrida: alegria, satisfação, prazer…

Terminei a prova em 2h06, surpreendendo-me a mim próprio e quase chorando com a emoção. Se me dissessem, há um ano atrás que eu iria correr aquela distância, naquele tempo e, acima de tudo, sentindo-me bem física e psicologicamente, eu não acreditaria.

Desde esse dia, ficou na minha cabeça a matutar um pensamento: “Será que consigo correr uma maratona completa?”.

Este Domingo, lá fui cumprir o meu objectivo de realizar a prova dos 14km. Ao chegar ao ponto do trajecto onde a minha prova retornava e a maratona continuava, pensei: “um dia vou em frente…”

Cheiro de Outono

Novembro 8th, 2011

Abri a janela e um ar frio invadiu-me o peito, trazendo consigo a calma e a serenidade que o meu corpo pedia. A tarde caía e a noite era anunciada por uma luz ténue no horizonte.

Era um odor mesclado de tons: terra fria, fumo distante, folhas caídas…

Nas casas acendiam-se chamas de aconchego, partilhadas com o Mundo através de chaminés gastas pelo tempo.

Nas ruas começava o recolher, de almas impelidas pelo frio e pela necessidade de um regresso ao lar.

Sorri perante este cenário, que tanto poderia ser de um quadro, um livro, uma sinfonia mas que, naquele momento era meu.

Aspirei novamente o cheiro de Outono e, também eu, recolhi…

Invicta Big Band

Outubro 11th, 2011

No passado dia 6 de Outubro, nasceu a Invicta Big Band! Agradecemos aos músicos que estiveram presentes no primeiro ensaio:

  • Sara Nogueira (Clarinete)
  • Luís Ramos (Sax-alto)
  • Pedro Gomes (Sax-alto)
  • Daniela Guedes (Sax-tenor)
  • Teresa Sala (Sax-tenor)
  • João Rodrigues (Sax-barítono)
  • Ricardo Vieira (Trompa)
  • Diogo Andrade (Trombone)
  • Xavier Sousa (Trombone)
  • Ivo Sampaio (Trombone)
  • Pedro Sevilha (Trombone)
  • Nuno Santos (Trompete)
  • Catarina Rita (Trompete)
  • Carlos Amorim (Guitarra eléctrica)
  • Gonçalo Dias (Guitarra acústica)
  • Fernando Amorim (Baixo)
  • Luís Miguel Macedo (Bateria)

Vários outros músicos integram esta formação, contudo, por motivos pessoais/profissionais não puderam estar presentes. Contudo, fica aqui a lista dos “pioneiros” deste projecto, ficando a promessa que, em breve, divulgaremos o elenco completo da Invicta, bem como outras informações de interesse.

Agradecemos também às pessoas que apoiaram a nossa ideia desde a sua fase embrionária e que contribuíram para que o mesmo seja uma realidade:

  • Maestro Afonso Alves
  • Eduardo Oliveira
  • Professor Luís Macedo
  • Vitor Dias

Até breve!

Assim vale a pena

Setembro 28th, 2011
  • Objectivos definidos
  • Método de trabalho
  • Organização e planeamento
  • Estudo prévio do trabalho
  • Profissionalismo na abordagem
  • Motivação da equipa
  • Ambição do grupo

Porque não basta dizer. É preciso fazer.

Depois de um período sabático, de volta ao trabalho sério!

Que Porto vamos ter?

Setembro 24th, 2011

Depois do jogo de ontem, é esta a pergunta que, neste momento, deve estar na cabeça de todos os apaixonados pelo FCP: o Porto avassalador, dominador, massacrante, da 1ª parte, ou, o Porto frágil, trapalhão, inexistente da 2ª?

Teremos um Porto à Artur Jorge, Ivic, Mourinho, Villas-Boas, ou, um Porto à Jesualdo?

Teremos um Porto de personalidade e convicções fortes em nome de uma causa, ou, um Porto de desculpas esfarrapadas no fim do jogo? Sim, porque nada justifica que a equipa desaparecesse do campo depois do 2-1.

Nada justifica passes estupidamente mal dados, perdas de bola infantis, jogadores totalmente desinteressados pelo jogo e uma exibição ao nível da 3ª divisão.

O início da época e, nomeadamente, a exibição frente ao Barcelona, prometiam um Porto “à Porto”. Um Porto com Mística, com Garra, sem medo de nada e capaz de bater o pé aos maiores gigantes do futebol.

No entanto, os dois últimos jogos revelaram uma equipa demasiado frágil e inconsistente. O que não se compreende, dado que se mantém, praticamente, a mesma equipa da época passada. Se, os “músicos” são os mesmos, resta concluir que a culpa da “desafinação” será do “maestro”.

Vitor Pereira, ou dito de outra forma, Jesualdo Ferreira versão 2.0, é o único responsável pela humilhação frente ao Feirense e por um empate ridículo frente a uma equipa que, em dois remates, faz dois golos.

Justiça seja feita, nesta altura o copo está meio… Resta saber se está meio cheio, ou meio vazio. Sim, porque apesar de tudo, o Porto 2011/2012 também já mostrou que é capaz de grandes exibições… basta querer! E, para querer, não é preciso perceber muito de futebol. Basta, “apenas”, mostrar aos jogadores o peso do emblema que trazem no peito; mostrar-lhes que, sempre que entram em campo, há milhares de dragões que esperam deles o máximo dos máximos, a superação dos limites em nome de um clube, de uma cidade, de uma região.

É histórico que, a seguir a uma época gloriosa, o FCP tenha dificuldades em, na época seguinte, atingir resultados satisfatórios. Mas, ao contrário de outros anos, agora a espinha dorsal da equipa, manteve-se. Como explicar então a vertiginosa montanha russa que tem caracterizado a performance do Porto?

Vitor Pereira deverá, neste momento, ter a resposta. Se não tiver, grandes problemas esperam o FCP nos próximos tempos.

“Quo vadis?”

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.