António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

Saudade (ao fim do dia…)

Abril 7th, 2012

Olhei pela janela… Procurei-te na imensidão de cinzento que se perdia no horizonte. A chuva estava prestes a cair. A chuva, a mesma chuva que tantas vezes embalou os nossos corpos e aconchegou o nosso amor.

Mas não chovia, porque sem ti, não faz sentido chover…

Sem ti, não faz sentido o simples respirar…

Recordei o momento fugaz em que te visitei, sem que estivesses à espera, e a forma como o mais belo sorriso do Mundo despontou no teu rosto.

Recordei os beijos presos pelas tuas mãos… Beijar-te é uma tortura, pois quando te beijo não te vejo sorrir…

Mas, como posso viver sem sentir a doçura dos teus lábios nos meus?

Lá fora o dia caía… como tantos dias caíam enquanto caíamos nos braços um do outro… E vinha a noite e o tempo parecia ser infinito.

Procurei-te, onde procuro sempre e onde nunca te encontro: lá fora, na noite, no vazio, no frio…

Parvo! Eu sei onde tu estás! Sei sempre onde te encontro, porque estás dentro de mim…

 

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.